A consolidação da cultura de paz nos parece mais do que necessária, única capaz de dar uma resposta válida aos anseios profundos de todos e de cada um no difícil caminho em direção à fraternidade universal.
Foto: Divulgação/Living Peace International
O Projeto Living Peace International é um percurso de educação para paz. Baseia-se no lançamento do "Dado da paz" em cujas faces não existem números, mas sim frases que ajudam a construir relacionamentos de paz entre todos. Este dado é inspirado nos pontos da “arte de amar” que Chiara Lubich havia proposto, sob forma de um dado, às crianças do Movimento dos Focolares.
Este percurso também propõe o “Time-Out”: todos os dias, ao meio dia, nos mais variados fusos horários, os participantes são convidados a fazer um um minuto de silêncio, oração ou reflexão pela paz.
O Living Peace trabalha no sentido de reforçar as colaborações e cooperar com tantas outras iniciativas existentes no mundo para a construção de uma “rede” de paz que abrace toda a terra. De fato, Living Peace pode ser considerado uma plataforma: são mais de 80 as organizações internacionais em sinergia com o projeto, compartilhando iniciativas e ações de paz que são propostas às respectivas redes.
Nesses 10 anos de projeto, mais de 1.700 escolas e grupos estiveram envolvidos no projeto e mais de 1 milhão de crianças, jovens e adultos ao redor do mundo foram alcançados pelas suas iniciativas.
Objetivos
Living Peace tem como objetivo fazer crescer, o máximo possível, o empenho em viver a paz e pela paz nos diversos ambientes de aprendizagem e de vida.
Objetivos Específicos
Desenvolver uma boa prática pedagógica que possa ser utilizada em diferentes lugares e contextos;
desenvolver as competências de cidadania ativa e democrática, através da valorização de uma educação intercultural e para a paz;
ampliar a consciência dos próprios direitos e deveres;
desenvolver o respeito às diferenças e o diálogo entre as culturas;
ampliar a capacidade de trabalhar em grupo, planejar e agir juntos;
potencializar as habilidades criativas e melhorar a aprendizagem;
melhorar as relações entre educadores e alunos/participantes
O que significa educação para a paz?
Não é mais uma disciplina, quanto fazer de cada ação formativa um instrumento de paz. Um percurso no qual se aposta no desenvolvimento da criatividade e autonomia da juventude para enfrentar as problemáticas e conflitos, aprendendo a dialogar e a serem protagonistas, adquirindo assim a consciência das próprias potencialidades, sentindo-se todos responsáveis por tudo.
Educar para a paz significa, portanto, promover uma ação prática no âmbito de um contexto específico, partindo das relações interpessoais, sem perder de vista os problemas mais amplos, como os modelos de desenvolvimento, a distribuição dos recursos e a gestão do poder; fazendo atos e ações concretas para transformar, a partir da base, uma sociedade globalizada na qual a falta de direitos e graves desigualdades podem até mesmo fazer com que se torne sem sentido, para muitos, a pronúncia da palavra “paz”.
Por que educar para a paz?
«Como as guerras começam nas mentes dos homens, é nas mentes dos homens que se devem construir as defesas da Paz.” (Constituição da UNESCO).
Bastaria esta citação para se perceber a extrema relevância que a educação para a paz deveria ter no âmbito da formação de cada um dos habitantes da terra.
Por isso, é de extrema importância a Declaração do Direito à Paz aprovada em 2016 pela Assembleia Geral das Nações Unidas; um documento no qual, pela primeira vez, se estabelece que todos os seres humanos têm direito de usufruir da paz. Também se reconhece que a paz não é apenas a ausência de guerra, mas um direito humano fundamental que requer “um processo participativo positivo e dinâmico, em que o diálogo é encorajado e os conflitos são resolvidos num espírito de compreensão recíproca e de cooperação” (A/C.3/71/L.29, Preâmbulo). Dos cinco artigos da Declaração, um, o quarto, é dedicado à educação para a paz, a fim de “reforçar entre todos os seres humanos o espírito de tolerância, de diálogo, de cooperação e solidariedade”.
Saiba mais no site www.livingpeaceinternational.org
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